21 outubro 2010

Luz -III


Ir ao Algarve e não almoçar no Gigi é como ir a Roma e não ver o Papa.
Vai daí, fui.
É verdade que a comida é irrepreensível e o serviço simpático e eficaz, mas de longe justificam o preço absolutamente proibitivo que é esportulado por uma refeição modesta, regada a cerveja e servida num barraco de praia, com muito deficientes condições, nomeadamente ao nível das instalações sanitárias, pessimamente cuidadas e muito sujas.
Mas é a Quinta do Lago e o preço de assentar o cu em banco que já sustentou as sublimes nádegas de estrelas.
E o resto?
Será questionável o gosto arquitectónico dominante, será de mau tom a excessiva ostentação de tanta riqueza, mas não consigo deixar de gostar de passear naquelas ruas lindamente adornadas (verdadeiros jardins), de olhar com inveja para aquelas opulentas casas, de admirar embevecido a sucessão de carros desportivos que desfilam a rugir baixinho e de apreciar espantado o "glamour" das pessoas, a maior parte já confortavelmente entrada na idade, mas todas elegantes e bem postas.
Eu sei que é do meu provincianismo bacoco, mas aprecio muito aquele cheiro a dinheiro e bem estar.
Não me importava nada de acabar os meus dias a viver por ali, arrastando-me, mais à minha mulher, ao longo do "green" para ir bebericar um gin tónico ao clube, antes de ir jantar de Aston Martin a um dos restaurantes da moda.
Porém, duvido que tal venha a suceder.
É pena.
Ainda assim, um belo sítio.

4 comentários:

Nuno Almeida disse...

Bacoco é o privada!
Queres tu dizer então que a Quinta do Lago é uma versão Jet7 da Florida?

pbl disse...

Isso.

mac disse...

...

pbl disse...

... para si também, Mac.