Em cada 10, há um, dois dias no máximo de água decente.
É a porcaria do substracto.
Tenho pena que nunca tenha chegado ao ponto que desejava.
Foi um projecto que falhou.
Completamente amador, foi a minha primeira experiência com plantados.
Aprendi muito com ele.
Agora é tempo de mudar.
Vou passar os discus e demais peixarada para o 180 l, transfiro os dois Eheim para lá, desmonto tudo, espeto com o substracto no lixo e venha outro.
Vai ser um projecto cuidado, de baixa manutenção, essencialmente preocupado com o bem-estar dos meus 7 discus, que pretenderá recriar a margem de um rio.
Chamar-se-á precisamente Margem.
Nos próximos tempos vão encontrar por aqui novidades.
8 comentários:
pbl, não percebo. Aprendeu muito com ele, de modo que vai mudar radicalmente para uma coisa que nada tem a ver?
Ou isto tem a ver com um projecto mais ambicioso, coisa para 6 meses?...
Sendo que aparentemente o problema vem do substrato já consideraste alguma opção diferente?
Algum inerte tipo akadama, ou vais voltar a colocar alguma coisa da ADA ou afins?
Mac:
Um aquário plantado é sempre água, calhaus, paus e terra.
Com peixes e plantas.
Isso não muda.
O que eu aprendi foi sobretudo a gerir a água com os demais elementos, nas variações sobre os múltiplos factores que influenciam a sua qualidade.
Acidez, dureza, nutrientes são elementos controláveis por acção externa, que é preciso equilibrar adequadamente.
Qualquer desequilíbrio e lá estão algas com fartura, plantas que não medram, peixes doentes ou mortos.
A água tem de estar perfeita. É este o verdadeiro truque da aquariofilia, boa água.
No início, andava permanentemente a medir ph, kh, gh, no2, no3, po4, nh4, c, f.
Agora quase que consigo identificar as carências ou os problemas pelas reacções dos peixes e das plantas, praticamente sem fazer testes químicos.
Nem me lembro quando fiz o último.
Este aquário ensinou-me isso.
Se acompanhar esta montagem vai perceber que é um desafio interessante.
Vai encontrar muita treta técnica, mas cá estarei para descodificar.
As mudanças radicais vão ser ligadas ao layout.
Antes, plantas de crescimento rápido, agora plantas de crescimento lento.
Antes, desenho artificial, agora desenho mais natural.
É isto.
A execução do projecto começara ainda este mês e estará em funcionamento pleno no final do ano.
Nuno:
Vou experimentar com uma base de Akadama especial e cobertura de Elos Terra com uma parte de areia amazónica.
Mais para a frente deixo mais pormenores.
Hoje ou amanhã conto ter a escolha de plantas.
Já se sabe que depois é preciso arranjá-las.
E substituição automática de água?
Automática, automática, tenho receio.
Ou melhor, os vizinhos de baixo é que devem ter receio.
Eu já tenho um sistema montado que me permite fazer TPAs (trocas parciais de água) de modo muito simples e prático, sem complicações ou perdas de tempo.
Um depósito com uma entrada ligada à rede de abastecimento e sensor de nível, uma saída com uma bomba eléctrica, ligada directamente a uma entrada do aquário. Uma saída por gravidade do aquário ligada ao esgoto.
Acciono a bomba, abro o escoamento.
Passados uns 20 minutos, fecho o escoamento, verifico se o nível é o desejado, desligo a bomba e voilá.
É só abrir a torneira do depósito, para o encher novamente até que o sensor de nível feche a entrada de água.
Para ficar tudo automatizado faltam apenas três válvulas solenóides (basicamente uma válvula com interruptor eléctrico), uma na entrada de água no depósito, outra na saída de água do depósito e outra na saída de esgoto, cada uma delas com seu temporizador - no caso da saída do depósito, partilhado com a bomba - tudo devidamente sincronizado e com um sensor de nível que interrompa todos os circuitos eléctricos do sistema quando dispare.
Um temporizador de rega com 4 canais faz o serviço lindamente.
Bonito, não é?
Tenho o projecto feito faz tempo.
Mas também tenho muita consideração pelos senhores do primeiro andar.
Consideração descoberta á terceira inundação.
Mais vale tarde que nunca.
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