04 julho 2007

Dia 67 - O estranho caso dos fosfatos

Já aqui dei conta do fenómeno paranornal dos fosfatos no meu aqua e que ocorre igualmente no aqua do FAAO.
Na verdade, apesar da carga poluente decorrente da alimentação dos discus e dos dejectos que produzem, aqueles mantiveram-se sempre em valores residuais, exigindo a sua injecção de modo a manter a proporção de 1 para 10 em relação aos nitratos.
Ia injectando fosfatos em doses pequenas e logo que atingida a referida proporção, desapareciam nitratos e fosfatos.
Esta realidade mudou no decurso da última semana.
Sucede que, desde a montagem do aqua, tenho vindo a manter níveis relativamente baixos de injecção de CO2, por receio de uma acidose súbita que pudesse eventualmente prejudicar os peixes.
A semana passada chegou o novo controlador de PH, pelo que passei a ser mais generoso com a torneira da botija, aumentando para 2 bolhas por segundo e por vezes mais.
O controlador deixa-me sossegado, porque, caso o ph baixe para níveis inferiores a 6,6, o fluxo de Co2 é imediatamente interrompido.
Tenho monitorizado quase diariamente os valores de fosfatos, para analisar a evolução dos respectivos valores e avaliar melhor da necessidade de os injectar.
Observei um fenómeno tão estranho como o anteriormente relatado: desde que aumentei o CO2, os fosfatos aumentaram naturalmente de 0,1 mg/l para valores entre 0,25mg/l e 0,5 mg/l, para valores de nitratos de 5 mg/l.
Em consequência disto desapareceram completamente as algas filamentosas verdes, face ao equilíbrio finalmente alcançado entre nitratos e fosfatos.
E nem os fosfatos, nem os nitratos caem agora para zero.
Pura coincidência?
Eu não acredito muito em coincidências...

3 comentários:

Pedro Cruz disse...

Caríssimo
Parabéns e sucesso na empresa!
Recorda-me outros tempos (fui aquariofilista durante muito tempo).
Vejo que, entretanto, a evolução foi muito grande e que, do que guardei para recordação, incluindo dois ou três livros e já poucos conhecimentos, nada se aproveitaria, com excepção das pedras...
Dedico-lhe, sem qualquer intuito provocatório, este pequeno filme, ao que parece vencedor do prémio de curtas metragens do Festival de Berlim: http://jurispro.net/ver/fish90.wmv

Anónimo disse...

Meu Caro
Se foi, continua a ser.
Tenho de o convencer a voltar a montar um.
Obrigado pela dedicatória.
Mas olhe que é problema de que não padeço: os meus bichos são todos de aviário e não estão numa caixotinha de vidro.Tem 600L de água.
Um abraço amigo

(não tem aparecido pelo nosso Funes. Aquilo está do melhor...)

Pedro Cruz disse...

:-)
Uma vez por outra, de longe em longe, passo pelo Aquário Vasco da Gama, meu vizinho, e mato saudades.
Agora tb já tenho as s/ fotos...
Bem sei que são de aviário (ainda espero ler as narrativas da póxima fase, bem mais exigente, das tentativas de reprodução...).
O meu primeiro peixe (tinha eu para aí uns 7 anos) «viveu» (durante uns 15 dias) numa caixa rectangular da «Diese». Pobre animal. Mais tarde redimi-me.
600L! Já tinha lido, é quase uma piscina.