O Margem está em blackout

Esta maldita alga, minha inimiga jurada, arruinou-me o tanque.
Todas as semanas gasto pelo menos duas horas a apanhar aquela porcaria, primeiro à mão e depois com uma escova de dentes.
É um esforço absolutamente inglório, porque, volvidos 5 ou 6 dias, está tudo novamente tomado.
Nem dá gosto fazer imagens.
Comprei recentemente uma equipa de 30 caridina japonica, conhecidos comedores desta alga, na esperança de conseguir debelar a praga.
Em breve, irei reforçar a task force com igual quantidade.
Mas, entretanto, o Pancrácio foi novamente atacado pelo Spironucleus Vortens, e, por via disso, lá voltei a fazer o tratamento com Metronidazol, 3 vezes por dia, 6g em cada aplicação, com temperatura a 32º e sem luz.
Por descuido meu, não segui rigorosamente o timing das aplicações e o tratamento, que devia ter durado 3 dias, acabou por decorrer ao longo de 5 dias, terminando ontem.
O peixe está visivelmente com melhor ar, se bem que ainda não come.
Mas é normal.
Acontece que a observação do tanque permitiu-me observar uma clara redução da infestação pela Cladophora, não só em termos da área afectada, mas também na vitalidade das algas persistentes, quer em termos de cor, quer em termos de crescimento.
Portanto, uma de três coisas afecta a alga: ou o metro, ou a falta de luz, ou a temperatura elevada.
Inclino-me para que seja, por razões óbvias, a falta de luz.
Correndo o risco de comprometer as plantas instaladas, vou experimentar manter o blackout durante mais uma semana, a ver qual a reacção.
Se continuar a regredir na proporção observada, pode ser que os caridina novos sejam suficientes para evitar nova infestação geral.
É o acrónimo do meu nome, "problem based learning".